Impressora 3D

Um aumento na tecnologia de impressão 3D não vai significar um replicador de "Star Trek" em cada casa para fazer tudo o que os americanos desejam. Mas a Casa Branca tem grande aposta na ideia de que a impressão 3D pode revolucionar fabricação nos EUA a partir de dentro do coração do Centro-Oeste "Rust Belt", uma vez conhecida por suas fábricas de aço que foram fechadas.

Impressão 3D representa a última versão do que especialistas do setor chamam de "fabricação aditiva" - uma maneira de transformar praticamente todos os projetos de informática em objetos reais, construindo-os camada por camada, usando plástico, metais ou outros materiais. A tecnologia pode acabar afetando todos os principais setores - aeroespacial, defesa, medicina, transporte, alimentação, moda - e ter um impacto ainda maior no setor manufatureiro dos EUA do que a revolução do robô.

 

A tecnologia de impressão em 3D tem sido usada para construir modelos e protótipos para testar projetos de novos produtos já há mais de 20 anos. A diferença com o novo esforço é que o governo dos EUA quer a impressão 3D ajude o país a produzir mais produtos carimbados "Made in EUA".

O poder da impressão 3D vem de sua capacidade de fazer peças individuais, especificamente adaptadas sob demanda, ao invés de produzir milhares de produtos padronizados em equipamentos de linha de montagem de uma fábrica. Isso pode ser especialmente rentável para fazer as peças complexas de dispositivos ou equipamentos especiais em pequenos lotes ou em uma criação única especifica, como peças de reposição para um avião de caça ou o implante maxilar personalizado para cirurgia de um paciente.

Se uma fábrica produzir 5 milhões de latas do mesmo tamanho para venda em supermercados, então não fará sentido usar esta tecnologia, mas no caso da empresa estar fazendo peças para 50 a 100 aeronaves militares, por exemplo, então esta técnica seria perfeita.

     

A Boeing, indústria gigante aeroespacial já provou ser pioneira, usando impressão 3D para fazer mais de 22.000 peças usadas em aeronaves civis e militares voando hoje. Outras empresas aeroespaciais dos EUA estão tentando seguir o exemplo, a GE Aviation anunciou a compra de duas empresas em Ohio, e pretende usar as suas capacidades recém-adquiridas de impressão 3D para fazer peças de motor a jato.

Da mesma forma, a impressão 3D causará impacto na indústria médica, com possibilidades de impressão 3D de implantes de quadril e joelho personalizados para cada paciente, o que pode evitar os problemas médicos relacionados aos implantes de hoje.

Mas certamente ainda é necessário muita pesquisa e investimento, assim como colaboração de pesquisadores, estudantes e empresas privadas e particulares. O Departamento de Defesa dos EUA, liderou a responsável do governo, contribuindo a maior parte dos US $ 30 milhões para o novo instituto de fabricação aditiva.

Impressão 3D começou como uma maneira para arquitetos e designers de automóveis modelarem seus produtos, mas tornou-se recentemente uma nova tecnologia emergente prestes a mudar conceitos de fabricação do varejo a ciência médica.